Aloisio Magalhães além do design

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Série Internacional Catedral, 1973. Cartema (cartões-postais justapostos colados sobre Eucatex). Coleção Solange Magalhães

Neste domingo visitei a Ocupação Aloisio Magalhães, que acaba de abrir no Itaú Cultural e fica em cartaz até 24 de agosto. Nome super famoso, pioneiro do design gráfico moderno nacional – basta lembrar que o Dia do Design, 5 de novembro, foi instituído em homenagem a ele, que nasceu nesta data –, Aloisio Magalhães (1927-1982) morreu cedo, mas deixou um legado importantíssimo.
Compacta, mas muito bem-planejada e informativa, a mostra tem a curadoria de João de Souza Leite e aborda três facetas de Aloisio: designer, pintor e formulador de políticas públicas. Assim, além de conferir de perto criações célebres como o logotipo da Fundação Bienal e as cédulas de diferentes “momentos” da moeda brasileira, o público vai poder conhecer suas pinturas e aquarelas (que não são expostas em São Paulo há mais de quatro décadas) e também seu papel de articulador cultural, com a formação do Centro Nacional de Referência Cultural.

Sem título, anos 1950. Nanquim sobre papel, 33,5 x 48 cm. Coleção Solange Magalhães
Sem título, 1972. Litogravura sobre papel, 74 x 57 cm. Coleção Solange Magalhães
Canaviais, óleo sobre tela, anos 1950
Sem título, anos 1950. Aquarela sobre papel, 20,5 x 26 cm. Coleção Solange Magalhães

Ao contrário da maioria dos designers modernos de nosso país, Aloisio “defendia princípios que enfatizavam a relação com o contexto”, afirma João de Souza Leite. A valorização de nossas raízes culturais como já era uma bandeira levantada por esse visionário das artes gráficas, como deixa bem claro uma das frases exibidas na mostra: “Relembrar a importância da continuidade do processo cultural a partir de nossas raízes não representa uma aceitação submissa e passiva dos valores do passado, mas a certeza de que estão ali os elementos básicos com que contamos para a preservação de nossa identidade cultural.”
Não dá pra perder!

Símbolo para o ceramista Francisco Brennand, 1971. Acervo Aloisio Magalhães
Símbolo para Light S.A., 1966. Acervo Aloisio Magalhães
Símbolo para a Bienal de São Paulo, 1965
Símbolo para a Bienal de São Paulo, 1965 – versão tridimensional
Símbolo do Clube Hípico da Bahia, c. 1967
Símbolo do Clube Hípico da Bahia, c. 1967 – versão tridimensional
Cédula de 500 Cruzeiros desenhada por Aloisio Magalhães, 1972. Acervo Banco Itaú
Nota do Cruzeiro Novo, 1967
Aloisio Magalhães em seu escritório, 1966. Acervo Aloisio Magalhães

 

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