Termina hoje a semana de design de Londres, uma das mais bacanas do mundo. Algumas instalações me chamaram atenção e resolvi compartilhar por aqui. Acho que as instalações têm um papel super importante nas semanas de design: uma espécie de “respiro” em meio a tantos lançamentos de produtos, as instalações podem nos convidar a refletir sobre temas urgentes como o da ecologia, nos estimular a vivenciar a cidade de uma forma diferente, ou simplesmente criar uma vivência lúdica. Em todos os casos, o fio condutor é a experiência, que, apesar de efêmera, cria lembranças duradouras. Adoro!
Kaleidoscopia, de Lee Broom, em seu showroom
O designer britânico usou grandes espelhos para criar reflexões caleidoscópicas em uma instalação luminosa hinotizante, gerando, em suas próprias palavras, um “senso de intriga e escapismo”.
Please Be Seated, de Paul Cocksedge, na Finsbury Avenue Square
Feita com placas recicladas de andaimes, a instalação é composta de curvas que criam encostos e assentos, assim como espaços para as pessoas caminharem ou simplesmente encontrarem uma sombra.
Avalanche, por Matthew McCormick, no Victoria & Albert Museum
Uma instalação introspectiva, que procura gerar uma reflexão sobre os efeitos das mudanças climáticas, por meio da interpretação do designer sobre a sensação que se tem quando preso dentro de um deslizamento torrencial de neve – um resultado tangível das condições climáticas instáveis do nosso planeta. Ao entrar, pequenos grupos de visitantes encontram um espaço pouco iluminado e ilusoriamente reflexivo, dando uma sensação de aprisionamento e confusão ao redor do caminho incerto. Lidando com a crescente escuridão do corredor estreito e constritivo, os visitantes são convidados a fazer uma pausa em um senso elevado de consciência, enquanto brincam com o instinto humano para encontrar a rota mais segura. Um momento suspenso no tempo em que somos confrontados com uma revelação consciente de nossa própria mortalidade.
Life Labyrinth, por Patternity, na Catedral de Westminster
Neste labirinto, caracterizado pelos grafismos típicos da Patternity, todos os caminhos levam ao centro. A ideia era convidar o público a contemplar, se conectar e celebrar este antigo símbolo sagrado que é a Catedral de Westminster. Simples, gráfico e lúdico.
Sea Things, por Sam Jacob, no V&A
Um cubo espelhado de 4 x 4 metros suspenso acima da entrada do Victoria & Albert Museum cria reflexões infinitas de uma animação inspirada em uma estampa criada por Charles e Ray Eames. Ao mesmo tempo que evoca as muitas belezas do mar, a instalação chama atenção para a necessidade de preservarmos o ecossistema marinho, tão ameaçado pelo lixo que produzimos.
Um comentário sobre “Design e experiência no London Design Festival”
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