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London Design Festival 2013: foco no processo
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Depois da 100% Design, hora de percorrer novamente os eventos que se distribuem pela cidade nesta semana do London Design Festival. Concentrando diversas instalações, o Victoria & Albert Museum (ou simplesmente V&A, como os londrinos o chamam) foi um dos pontos altos do dia – destaque para a mostra God is in the Details, na qual designers convidados elegeram uma peça do acervo do museu para ser olhada mais de perto pelos visitantes. Para tanto, lupas e binóculos com lentes feitas de cristal Swarovski ficavam a postos.
Um ponto que chamou atenção nas exposições que visitei hoje foi uma preocupação em se refletir sobre o processo de design. Para tanto, eram mostradas peças em diversos estágios da produção, desde os esboços iniciais até o produto industrial concluído. Foi assim no V&A, que hospedava a mostra Alessi Made in Crusinallo: the Beauty and the Mastery, promovida pela empresa italiana; foi assim na Skandium, que mostrava os bastidores da produção de alguns dos produtos que comercializa; e também foi assim na Aram, onde acontecia a mostra Antecedents, que fazia um verdadeiro raio-X do processo de desenvolvimento dos produtos criados pelo britânico Benjamin Hubert, um dos grandes talentos de sua geração.
A Aram também promoveu a mostra Zig Zag: Criss Cross, uma individual de Bethan Laura Wood que trazia luminárias poéticas e armários que são verdadeiros experimentos estéticos. Ah, e um bônus: a designer criou mexedores de bebidas cujas cores dialogavam com as das luminárias.
E a Mint, loja avant-garde até não poder mais e com uma curadoria apuradíssima, apresentou a mostra Cabinets of Curiosity, reunindo criações de diversos designers de várias partes do mundo – inclusive do Brasil, representado por Guto Requena e os vasos da linha Era Uma Vez.