As Olimpíadas de Inverno de Vancouver já estão quase no fim e essa é a hora das medalhas começarem a aparecer. Me chamou atenção, de início, o fato das medalhas incluírem metais reaproveitados a partir de eletrônicos descartados, como TVs, computadores e teclados. Achei a ideia muito bacana, e resolvi visitar o site das Olimpíadas para ter mais detalhes.
Foi então que percebi que, ao contrário do que eu tinha entendido no início, a parte reciclada é bem pequena (o que não torna a iniciativa de reaproveitamento menos bacana): ouro – 1,52%; prata – 0,122%; cobre: 1,11%. Fico imaginando qual a quantidade de computadores e afins que foram necessárias para se extrair a quantidade necessária de metais para as medalhas…
Mas além da questão do reciclo, que parece ter sido o que mais repercutiu na mídia, a concepção das medalhas é muito bacana. Desenvolvidas em conjunto pelo designer Omer Arbel e pela artista de origem aborígene Corinne Hunt, suas formas onduladas evocam as montanhas, o oceano e a neve. As faces frontais exibem desenhos extraídos de obras de arte inspiradas na orca (olímpicas) e no corvo (paraolímpicas). Como cada medalha contém uma parte diferente do desenho original, nenhuma delas é igual à outra.
O designer Omer Arbel sintetizou bem o espírito das medalhas: “Para mim, foi realmente importante que, de alguma forma, cada uma fosse completamente única, mas ainda assim conectada com as demais (…). É uma ideia bonita, porque significa, em um nível conceitual, que é preciso de todas elas para completar as obras de arte”.
Mais detalhes sobre os materiais das medalhas aqui.
(Vi no MotherBoard e em Vancouver 2010)
Winnie, parabéns pela iniciativa! Já estou inscrito como um Seguidor teu (rs … o oráculo que segue … rsrs). É isso aí: acima e avante.
Com um abraço,
Diego
Caríssimo oráculo, seja bem-vindo!! Fico muito honrada em ter V.Exma.Sa. como seguidor do meu humilde blog!
Beijão pra vc e a D.Ju.
🙂
Adorei as medalhas!!
Até já tinha procurado no google mais informações sobre ela, antes de ler aqui, porque achei o ondulado muito bonito.
Não sabia da reciclagem, mas quando soube gostei ainda mais! Espero que reciclem essa idéia também e consigam aproveitar mais materiais.
Parabéns pelo blog!
Obrigada, Cris!
A parcela de material reciclado nas medalhas ainda é pequena, mas vamos acompanhar para ver o que acontece. A tendência é que essa quantidade aumente à medida que se desenvolvam novas tecnologias para o resgate das matérias-primas – e também por simples necessidade. E ainda falta divulgarem certos detalhes, como por exemplo quanta energia se consome para conseguir reciclar essa quantidade de metais que foi utilizada nas medalhas. Mas, de qualquer forma, é um passo à frente, na minha opinião. 🙂