Neste domingo visitei a Ocupação Aloisio Magalhães, que acaba de abrir no Itaú Cultural e fica em cartaz até 24 de agosto. Nome super famoso, pioneiro do design gráfico moderno nacional – basta lembrar que o Dia do Design, 5 de novembro, foi instituído em homenagem a ele, que nasceu nesta data –, Aloisio Magalhães (1927-1982) morreu cedo, mas deixou um legado importantíssimo.
Compacta, mas muito bem-planejada e informativa, a mostra tem a curadoria de João de Souza Leite e aborda três facetas de Aloisio: designer, pintor e formulador de políticas públicas. Assim, além de conferir de perto criações célebres como o logotipo da Fundação Bienal e as cédulas de diferentes “momentos” da moeda brasileira, o público vai poder conhecer suas pinturas e aquarelas (que não são expostas em São Paulo há mais de quatro décadas) e também seu papel de articulador cultural, com a formação do Centro Nacional de Referência Cultural.
Ao contrário da maioria dos designers modernos de nosso país, Aloisio “defendia princípios que enfatizavam a relação com o contexto”, afirma João de Souza Leite. A valorização de nossas raízes culturais como já era uma bandeira levantada por esse visionário das artes gráficas, como deixa bem claro uma das frases exibidas na mostra: “Relembrar a importância da continuidade do processo cultural a partir de nossas raízes não representa uma aceitação submissa e passiva dos valores do passado, mas a certeza de que estão ali os elementos básicos com que contamos para a preservação de nossa identidade cultural.”
Não dá pra perder!