Jacqueline Terpins analisa sua trajetória na SP-Arte

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Acompanho o trabalho de Jacqueline Terpins desde meu início no jornalismo de design, em 2000. E acho que naquele mesmo ano fiz minha primeira entrevista com ela: lembro com muita nitidez do quão impressionada fiquei não apenas com o resultado do seu trabalho, mas com o processo, os conceitos que norteavam sua produção e sua forma de verbalizá-los.

Pois bem. Eis que agora, duas décadas depois, continuo a me impressionar com a poesia e a profundidade que Jacqueline imprime em tudo aquilo que faz. Nesta edição da SP-Arte Viewing Room, ela apresenta uma seleção especialíssima do seu trabalho, feita a partir de uma reflexão sobre a própria trajetória.

“Existência” é um projeto expositivo idealizado pela própria Jacqueline – foi preciso que ela tomasse certa distância de sua obra para poder analisá-la. O resultado desse processo é apresentado em três momentos, que sintetizam aspectos recorrentes na obra da artista e designer. São eles:

Impermanência

“Corpos estáveis, sustentados solidamente com o mínimo, conscientes da impermanência que os acompanha.”


Reflexos

“Diante de uma superfície espelhada, podemos não só enxergar a nós mesmos em nossa totalidade, como também ampliar a definição de nossa visão periférica; podemos ainda ver refletido aquilo que nossos olhos não seriam capazes de alcançar.”

Fluidez

“Estar atento ao que flui, entrar em ressonância com o meio, para que o essencial se expresse.”

Devo confessar: fiquei ainda mais fã de Jacqueline Terpins agora!

Fotos: Andrés Otero / divulgação

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