Belo Horizonte recebe, até o dia 25/6, a 4ª edição do festival DMAIS Design. Organizada por Renato Tomasi, a design week mineira movimenta a cidade com dezenas de eventos. Estivemos lá para conferir as novidades e a criatividade dos designers mineiros e publicamos aqui alguns destaques.
Uma das exposições mais bacanas foi a do edifício Acaiaca, um ícone da arquitetura mineira que completa 70 anos. Na cobertura, no 25º andar, móveis vintage e contemporâneos faziam referência ao Art Déco, mesmo estilo da arquitetura do edifício. A curadoria ficou a cargo do Coletivo P e a cenografia, do Alva, de Susana Bastos e Marcelo Alvarenga. As belas vistas da cidade eram um plus bem-vindo. (Atenção: diferentemente das demais ações do DMAIS, esta mostra termina hoje, dia 23/6).
Também merece destaque a mostra Cadeiras Contam Histórias: realizada no Museu de Artes e Ofícios com curadoria de João Caixeta, reúne, em três salas, cadeiras que retratam desde a o período português (e a expertise portuguesa na marcenaria que foi trazida na época do Brasil colônia), passando pelo modernismo até chegar aos assentos contemporâneos, todos de designers mineiros. Ao final, uma última sala proporciona um momento divertido: uma mesa composta com livros e um mapa-múndi, remonta aos cenários das tradicionais fotos escolares de antigamente e convidava o visitante a se sentar e clicar sua “lembrança escolar”. (Esta mostra permanece em cartaz até 31/7.)
Outra proposta interessante é a da exposição Divergente Convergente, que acontece no Espaço 670: André Ferri e Ricardo Rangel, dois jovens designers mineiros, expõem suas criações mais recentes, que, apesar dos processos criativos diversos, dialogam em termos de linguagem e material (a madeira). Enquando André executa as próprias peças de forma artesanal e se vale de ferramentas tradicionais, Ricardo utiliza modelagem computadorizada e imprime miniaturas em uma impressora 3D.
Lojistas também se empenharam em apresentar novidades, como a Lider, que mostrou, em primeira mão, moodboards (criados pelo Studio Tertulia) com desenhos e inspirações de produtos que serão lançados em 2018, assinados por Alva Design, Bruno Faucz, Eduardo Baroni, Nada Se Leva e Plataforma Quatro. Na Arca Conceito, o foco eram as novas criações do mineiro Fernando Sá Motta.
Ainda integrou o festival a segunda edição mineira da mostra Modernos e Eternos: instalada em uma casa brutalista dos anos 1970, conta com 20 ambientes assinados por escritórios locais de arquitetura e design de interiores (em cartaz até 2/7).