Depois de vencer o Pritzker (no ano 2000), o arquiteto holandês Rem Koolhaas agora foi premiado com o Leão de Ouro da 12a Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza.
“Rem Koolhaas ampliou as possibilidades da arquitetura, concentrando-se nas relações entre as pessoas e o espaço. Ele cria edifícios que estimulam a interação entre as pessoas, conseguindo, deste modo, objetivos ambiciosos para a arquitetura. Sua influência no mundo vai bem além da arquitetura, inspira pessoas dos campos disciplinares mais variados, envolvidas pela grande liberdade de seu trabalho”, afirmou a curadora desta edição, Kazuyo Sejima (que, aliás, foi a vencedora do Pritzker desse ano, junto com Ruye Nishizawa). A premiação de Koolhaas, portanto, dialoga perfeitamente com o tema desta edição da bienal: “People meet in architecture”.
O OMA (Office for Metropolitan Architecture), escritório fundado por Rem Koolhaas em 1975, é responsável por projetos que conquistam pelo grau de inovação que propõem, não apenas em termos estéticos, mas no âmago do projeto – o conceito. Um exemplo é a biblioteca pública de Seattle, no qual Koolhas e sua equipe desconstroem não apenas o volume do edifício, mas a própria concepção de biblioteca, propondo um modo inovador para os usuários “navegarem” pelo acervo bibliográfico. (Para mais imagens e informações sobre este e outros projetos de Koolhaas, clique aqui – é uma matéria que escrevi para a revista Arc Design em 2004).
É este “pensar arquitetura” que faz toda a diferença, levando Koolhaas a se destacar no cenário mundial como um visionário. Pra melhorar, suas reflexões se expandem além da própria produção arquitetônica: o holandês publicou uma série de livros com reflexões (e provocações) sobre a arquitetura e a sociedade contemporâneas, que valem a leitura. Dentre eles, destaque para Delirious New York e S, M, L, XL, que se tornaram clássicos da área.
(Via La Biennale di Venezia. Fotos: 1. architectureinmedia.wordpress; 2. Fickr>wheelo28; 3. Flickr>Moody75)
Nossa…Me lembro bem quando eu tinha uns 10 anos eu li uma reportagem sobre design e arquitetura na Veja e nela tinha uma parte falando dele e o comparando com outro arquiteto, o Frank Gehry!
É muito bom ter pessoas como ele para nos fazerem ter uma reflexão não só na estética mas também na parte conceitual do projeto.
Quebrando paradigmas…
Beijos