A gente sabe que nos últimos anos as bicicletas têm ganhado espaço como meio de transporte urbano (em algumas cidades mais do que em outras, devido às condições de segurança e também ao relevo). Além de ser uma forma de fugir do trânsito caótico das grandes cidades, a bicicleta é procurada também por ser um meio de transporte mais ecológico.
Tenho acompanhado, nos últimos tempos, o lançamento de algumas bicicletas dobráveis (procuradas especialmente por quem precisa percorrer trechos mais longos, e por isso combina a bike com algum outro tipo de transporte, como o metrô). Mas nenhuma delas me chamou tanta atenção como a YikeBike, uma bicicleta elétrica projetada pelo engenheiro mecânico neozelandês Grant Ryan.
A bichinha é pequena mas valente: feita em fibra de carbono super resistente (suporta até 100Kg), pesa cerca de 10 Kg e pode ser dobrada ou desdobrada em menos de 20 segundos. Uma vez dobrada, fica tão compacta que pode ser guardada em qualquer cantinho, e também é fácil de ser levada no ônibus, no trem, no carro, no elevador (é quase equivalente ao tamanho de uma pasta dessas de trabalho)…
Mas e a segurança? Ryan explica que a roda dianteira de 20” dá estabilidade para o veículo, e que a posição de dirigir, mais ereta do que a convencional, aumenta a segurança, pois faz com que o ciclista tenha melhor visão (e seja visto pelos outros veículos mais facilmente). Além disso, a magrela tem freios antiderrapantes, luzes de sinalização (LEDs) e velocidade limitada a 25 km/h. O motor, por sua vez, é bem eficiente (tem melhor relação potência/peso do que muitos carros esportivos, informa o site da YikeBike), o que também é um fator de segurança.
O vídeo acima mostra o funcionamento da YikeBike, e ela parece mesmo ser muito fácil de dirigir. Não seria o máximo poder ir para o trabalho de bicicleta sem chegar suado? A bateria pode ser carregada em menos de 40 minutos e sua autonomia é de aproximadamente 10 Km. Quero uma!!
E, pelo jeito, o entusiasmo não é só meu: a Time incluiu a YikeBike na sua lista das 50 melhores invenções de 2009 (junto com o Dyson Air Multiplier, que já publiquei aqui em outro post).
Quem quiser comprar a belezinha precisa fazer a reserva pelo site e vai ter que desembolsar cerca de 4.500 dólares. Ao que tudo indica, eles vendem para qualquer lugar do mundo. Eu, por enquanto, vou ficar babando… (Se bem que andar de bicicleta na Vila Madalena – e em boa parte de São Paulo, com o asfalto pra lá de esburacado – é tarefa quase impossível…)
Parabéns pelo post. Isso é o ápice do design aplicado. Funcionalidade, beleza, inovação tecnologia, ecologicamente correto, tudo de bom. Não saberia dizer se é esse o modelo definitivo de transporte individual não poluente, mas certamente é o primeiro de muitos. Em que pese que ainda não temos cidades adaptadas à bicicleta, essa proposta transcende à bicicleta e uma opção em massa por qualquer solução assim pode mudar tudo. Os próximos anos dirão.