Inaugurado em 1959, o prédio do Guggenheim Museum de N. York é, sem dúvida, um dos grandes ícones da arquitetura do século XX. Para encerrar as comemorações do aniversário de 50 anos do edifício projetado por Frank Lloyd Wright, os curadores Nancy Spector e David van der Leer organizaram a exposição Contemplating the Void: Interventions in the Guggenheim Museum, na qual mais de 200 artistas, arquitetos e designers (incluindo os brasileiros Fernando e Humberto Campana) foram convidados a criar intervenções imaginárias no grande vazio central idealizado por Wright.
Há várias propostas bacanas, e todas podem ser vistas no hotsite da exposição. Duas delas me chamaram mais atenção, e por isso eu mostro aqui.
Inspirado pelas estruturas gigantes que povoam N. York, o inglês Bruce Munro propôs Beacon, um edifício dentro do edifício. Com 12 lados, o prisma se ergue a quase 20 metros de altura, chegando próximo ao domo geométrico de vidro no alto do edifício. A superfície deste prisma é composta por 36 mil lentes haxagonais espelhadas, iluminadas por dentro com pontos de fibra óptica, gerando reflexos luminosos em todo o entorno, “refletindo sua estrutura e sua vida interna”, como explica o designer.
Outra ideia que me atraiu foi a do escritório JDS Architects, que ultrapassa o conceito proposto da contemplação para propor que os visitantes realmente vivienciem o espaço. Eles imaginaram uma rede gigante descendo pelo vazio do átrio em espiral. Imaginem que delícia seria ficar ali deitado, só curtindo… A ideia partiu do conceito original de Wright para o museu, no qual ele imaginava que a visitação começaria no alto em direção ao térreo.
A exposição abriu hoje e fica em cartaz até 28 de abril.
A exposição abriu hoje e fica em cartaz até 28 de abril.
(A foto do alto é de David Heald; © The Solomon R. Guggenheim Foundation, New York)