Conexão das boas: beleza, arte, design e natureza

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Painel e esculturas criados por Domingos Tótora

Quando um negócio – qualquer que seja sua natureza – além de oferecer produtos ou serviços de excelência, se norteia por princípios como a sustentabilidade e a promoção da cultura, a gente só pode admirar, né? Pois é o caso do Laces (hair spa pioneiro em tratamentos saudáveis para os cabelos), que mais uma vez chamou minha atenção ao promover uma Ocupação Transicional no Rio Design Leblon, onde em breve irá inaugurar sua primeira filial carioca – será a sétima no Brasil. A intervenção começou ontem, 13 de novembro, e durou apenas 24 horas. Quem viu, viu. Mas quem não viu, pode ver aqui! 😉

Vista da Ocupação Transicional, com obra de Armarinhos Teixeira ao centro

“Os destinos contemporâneos têm que ter arte, design e natureza, tudo para que as pessoas sejam acolhidas e conectadas ao ambiente de forma espontânea e natural”, defende Cris Dios, à frente do Laces juntamente com Itamar Cechetto. A convite deles, um time de artistas e designers ocupou com suas criações o espaço – ainda em obras – onde será o futuro hair spa. A ideia da Ocupação tem sido uma prática nos espaços do Laces desde a abertura de sua terceira unidade, no bairro paulistano de Moema, há exatos três anos. O propósito, conta Cris, “é conectar beleza, arte, design e natureza. A gente sempre busca uma arte que está ligada à natureza, a inspiração de sustentabilidade, dos materiais naturais, da conexão com nossas origens”.

Cadeira Gaiola, de Juliana Vasconcellos

Domingos Tótora criou um enorme painel com a matéria-prima que já é sua assinatura, uma massa de textura incrível, feita com papelão reciclado e tingida com pigmentos de terra. Com 8 metros de comprimento e 2 de altura, é o maior painel desse tipo já feito por ele. Já Mana Bernardes fez uma instalação bastante lúdica, com várias “nuvens” de garrafas de suco ou água de coco iluminadas por neon. Juliana Vasconcellos, por sua vez, apresentou a elegante cadeira Gaiola, com estrutura metálica e trama de algodão. Armarinhos Teixeira – o veterano do grupo, presente desde a primeira ocupação – trouxe seu discurso da bioarte com um grande tanque metálico suspenso preenchido com plânctons. Heberth Sobral, por fim, compôs uma instalação com seus belos azulejos 3D que remetem a bonecos Playmobil e transportam instantaneamente o espectador para a infância, acolhendo sua criança interior. Todas as obras foram comissionadas para essa ocupação e a maioria delas integrará a decoração do novo espaço, previsto para inaugurar no dia 5/12. 

Mana Bernardes em meio às “nuvens” de sua instalação

“É divertido ver como as pessoas se surpreendem ao chegar na Ocupação. Todo mundo está acostumado com a ideia de que salão de beleza tem espelho, cadeira, essas coisas; ninguém imagina que vai chegar lá e vai encontrar um canteiro de obras ‘invadido’ por obras de arte. E isso é bacana, criar esse estranhamento, porque acho que esse também é o papel da arte, tirar as pessoas do lugar comum”, conclui Cris. Impossível discordar!

Instalação com os azulejos de Heberth Sobral
Detalhe do painel de azulejos de Heberth Sobral
Outra vista do painel de Domingos Tótora

(Fotos: Bruno Ryfer e Domingos Tótora)

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