Design original, inteligente, inovador, autoral… ou tudo isso ao mesmo tempo!
Bom design é tema de exposição no MoMA de Nova York
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O que é o bom design e como ele pode melhorar nossa vida cotidiana? Essa pergunta tem sido uma constante dentro do Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York, desde seu princípio. Prova disso são as duas séries de exposições intituladas Useful Objects (1938–48) e Good Design (1950–55), que já levantavam essa discussão e apontavam para a importância do potencial democratizador do design. “Existe arte em uma vassoura? Sim, diz o Museum of Modern Art de Manhattan, se ela for projetada tanto para a utilidade quanto para a boa aparência”, dizia um trecho de uma matéria da revista Time sobre uma mostra de 1953 no museu.
Pois agora o MoMA traz uma mostra imperdível: em cartaz até 15 de junho, The Value of Good Design, com curadoria de Juliet Kinchin e Andrew Gardner, celebra algumas das mais icônicas peças do universo do design ao lado de outros itens menos conhecidos, mas que merecem destaque pela exploração inovadora de materiais e técnicas. Vale lembrar que as pesquisas tecnológicas desenvolvidas para a Segunda Guerra e a reflexão sobre os novos modos de viver no pós-guerra também contribuíram para que o design pudesse se desenvolver de forma inovadora.
“O conceito
de bom design foi um fenômeno mundial, com governos de ambos os lados da Guerra
Fria abraçando-o como uma ferramenta vital de reconstrução econômica, avanço
tecnológico e persuasão política. O escopo global do bom design é refletido nos
itens em exibição, de um automóvel italiano da Fiat Cinquecento a uma cadeira brasileira
tipo bowl” (no caso a Bardi’s Bowl, de Lina Bo Bardi), dizem os curadores no
texto introdutório.