O primeiro dos quatro aspectos da abordagem minimalista que se pôde perceber nesta última semana do design de Milão diz respeito à forma em si. É possível notar um movimento de simplificação formal, que se opõe ao rebuscamento predominante nos últimos anos. Mas atenção: isso não quer dizer que todos os produtos apresentados seguem essa linha (aliás, sou avessa às generalizações de uma forma geral), mas sim que se trata de um sinal claramente visível.
Luminária Smithfield, design Jasper Morrison para a Flos
Cadeira Hiroshima, design Naoto Fukasawa para a Maruni
Assim, produtos com linhas mais discretas povoaram os pavilhões da feira e também os eventos paralelos, em alguns casos assinados por minimalistas notórios, como Naoto Fukasawa e Jasper Morrison.
Mas a tendência se confirma quando se verifica que mesmo os designers cujo trabalho não é associado ao minimalismo, como os franceses Erwan e Ronan Bouroullec, também apresentaram produtos com uma pegada mais minimalista. Até Marcel Wanders, conhecido pelo seu estilo mais “barroco”, apresentou modelos de linhas mais discretas para a Magis, as cadeiras da linha Cyborg.
Luminária Lampalumina, design Ronan e Erwan Bouroullec para a Bitossi
Cadeira da linha Cyborg, design Marcel Wanders para a Magis
Esses são apenas alguns dos inúmeros exemplos que poderíamos citar, mas já são suficientes para evidenciar que a simplificação formal do design está em curso. O desenho do móvel, no entanto, é apenas um dos aspectos dessa nova “atitude minimalista”; o segundo será apontado em breve, em novo post.
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(Fonte das imagens: Designboom)