O frescor do design chinês tomou de assalto o berço do decorativismo. Na última edição da Maison & Objet Paris, que terminou ontem na capital francesa, a direção da feira decidiu dar destaque aos novos talentos da China. O setor Rising Talents, uma tradição já bem estabelecida na M&O, este ano reunia o trabalho de seis jovens estúdios – cinco deles indicados por membros do júri Rising Talents e outro selecionado por meio de um concurso aberto.
A produção de Frank Chou, Chen Furong, Mario Tsai, Ximi Li e Bentu – alguns dos talentos mais promissores do design chinês atual – é um reflexo da situação ascendente do design no país, que pode tirar vantagem da potência produtiva local para dar vazão a produtos originais – e não às velhas cópias pelas quais ficou tão conhecido.
‘’O que há de mais interessante é que os designers chineses têm buscado por sua identidade incessantemente, para não se limitarem a serem somente mais uma versão do design ocidental, e sim aproveitar toda sua rica herança secular de artesanato e tradições hereditárias. Tudo indica que eles estão indo pelo caminho certo”, comentou o designer Luca Nichetto, membro do Júri Rising Talents – que também contava com outros nomes de peso como Tom Dixon e a dupla Lyndon Neri e Rossana Hu, do estúdio Neri & Hu. Olho neles!