“Como arquiteto, meu interesse está sempre em olhar para a frente”. Quem lê ou escuta essa frase, dita pelo norte-americano David Rockwell, já imagina que se trata de uma mente criativa inquieta, explorativa e em busca constante da inovação. A experimentação é uma constante no trabalho deste arquiteto e designer, que costuma lançar várias vezes, ao longo de um projeto, a seguinte pergunta: “E se…?” Por exemplo: E se um arquiteto pudesse ser tão experimental quanto um chef? E se a natureza dissesse a você o que fazer? E se o espaço ao seu redor fosse transformado a cada passo? E se o maior espetáculo do mundo fosse também o mais intimista de todos? E se um restaurante pudesse sumir de repente?
Pois se a ousadia do arquiteto lhe renderam notoriedade mundial, este mês Rockwell tem ainda mais motivos para comemorar: além dos 30 anos de seu estúdio (onde trabalham cerca de 200 pessoas!), novembro marca o lançamento de seu segundo livro, What if…? The architecture and design of David Rockwell.
Editado pela Metropolis Books, o livro é ricamente ilustrado e mostra, ao longo de 352 páginas, 35 projetos nos quais Rockwell explora as intersecções entre teatro e arquitetura.
Hotéis, restaurantes, auditórios, teatros, e cenários para musicais da Broadway estão entre os projetos, que, apesar das naturezas bem diversas, têm sempre alguns pontos em comum: intensa pesquisa contextual, desenvolvimento de um conceito sólido e experimentação estética e matérica.
A publicação traz também o projeto de um sistema de blocos para playgrounds infantis no qual os pequenos podem montar os próprios brinquedos a cada vez. “Se você deixar as crianças fazerem aquilo que elas fazem de melhor, que é criar seu próprio mundo, elas acharão muito mais divertido brincar”, afirma Rockwell.
A ousadia projetual de David Rockwell
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