Outra boa surpresa que tive dessa vez em Las Vegas foi o Crystals: inaugurado no final do ano passado, estava começando a ser construído na outra vez que estive por lá. Localizado num lugar privilegiado da Strip (a rua principal da cidade, onde estão os maiores casinos), ao lado do Bellagio, o Crystals faz parte do City Center, um complexo gigante que ainda inclui dois hotéis boutique, um hotel com cassino e apartamentos residenciais (na foto logo abaixo, o Crystals está em primeiro plano e o City Center, ao fundo).
Com arquitetura assinada pelo starchitect Daniel Libeskind (que ficou especialmente conhecido depois de ter projetado o Museu Judaico em Berlim, no fim dos anos 1990), o Crystals é um shopping center de alto luxo. Neste sentido, é mais um na cidade, “recheada” de centros de compra luxuosos, instalados em hotéis como Ceasars Palace, Bellagio e Venetian.
Mas ao contrário dos casos citados acima, o projeto arquitetônico do Crystals não procura imitar nada: nem Roma, nem Veneza, nem qualquer outro lugar. Aliás, se existe alguma citação, é ao próprio Museu Judaico, como nos “rasgos” de luz que surgem no interior do edifício (a foto abaixo mostra bem) – mas isso já é outra (longa) discussão sobre até onde vai o “estilo” do arquiteto e em que ponto ele começaria a se autoplagiar (se é que isso realmente acontece nesse caso)…
Eu gostei bastante do projeto. A sensação, depois de passear por tanta coisa kitsch – e já estando ambientada, como falei em outro post – é a de uma lufada de ar fresco, em meio ao calor do deserto (literalmente falando – rsrs).
Muito legal o cuidado com os detalhes, tanto no shopping em si – os interiores são de David Rockwell – como nas lojas, concebidas por diferentes arquitetos, mas totalmente em harmonia com a linguagem geral do shopping. (Não sei se é um “defeito de fabricação”, mas eu adoro observar os detalhes das coisas…) 😉
Nesse contexto, duas lojas me chamaram esepcial atenção: a Louis Vuitton e a Cartier; ambas exploravam muito bem as texturas visuais, com um resultado super rico. As fotos que seguem são da fachada da Cartier (vista parcial) e de detalhes das texturas utilizadas.
Na Louis Vuitton (fotos a seguir), as texturas também possuem papel importante. No interior, por exemplo, alguns detalhes dialogam explicitamente com a identidade visual da marca, como na parede em que anéis metálicos reproduzem, ora totalmente e ora em parte, o famoso logotipo em forma de flor. Na fachada, por outro lado, o L e o V são sobrepostos e quase desmaterializados, gerando uma textura linda!
Também tinha uma instalação muito legal, que utilizava água e luz (dois elementos super sedutores, né?). Tubos de acrílico contendo água em movimento constante (formando redemoinhos) eram iluminados com luzes furta-cor, ou seja, tanto a água como a luz se transformavam continuamente. Não tinha quem passasse sem ser atraído pela obra. (Pena que não tinha nenhuma legenda com o nome do artista…)
Outra peça que parecia uma instalação de arte, mas desta vez incorporada à arquitetura, era o restaurante Mastro’s Ocean Club. A estrutura de madeira ripada me lembrou um instrumento musical, não sei bem porquê…
Foi um passeio e tanto… Num shopping assim, é possível entrar e sair feliz da vida sem ter gastado um centavo. 😉
(Fontes da primeira e da última foto: Studio Daniel Libeskind e Mastro’s Ocean Club, respectivamente.)
Oi, Winnie!
Que delícia "ir" à Las Vegas com você! Assim até anima….
Vou prestar bem atenção no museu Judaico e depois te conto!
Beijocas!!
Oi Lígia, obrigada pelo comentário, que legal que vc curtiu! 😉
Procure ir no Museu Judaico ainda de dia, tem uma sala lá na qual a luz natural é tudo… Depois me conte mesmo, OK?
Beijos!
Nossa, eu ia exatamente falar o que a Ligia disse! Da proxima vez, pode me convidar? hahahaha Eu juro que te ajudo a cobrir a feira e ainda nos divertiriamos com varios assuntos p/ posts! Esse crystal nao conheci, mas uma coisa que me chamou mto atençao na cidade foi a arquitetura tb. Tudo tão grande feito pra impressionar tanto italianos hospedados No Paris, quanto Parisienses acomodados no Venice. 😛
Uma que achei mto legal a estetica foi o Fashion Mall.
Aproveite mais uma vez por mim! Bjos e boa viagem!
Oi Carol!
Nossa, me pareceu tentadora a ideia de viajarmos juntas e garimparmos temas para vários posts!! Confesso que estou viciada em blogar, adorei esse negócio! 😉
Realmente em Las Vegas é tudo muito grande, a escala é escancaradamente monumental. E eles se orgulham disso, pelo jeito, pois no menu de um restaurante que eu fui, dizia assim: "tudo é maior em Vegas".
Já estou de volta ao Brasil, mas ainda vou fazer mais um post sobre a viagem. 😉
Beijos!!
Será que Las Vegas seria a "Itu" dos americanos…ahahahahah….
Bem-vinda!
Winnie
você é ótima
gostei muitíssimo
beijo
Eduardo